Representantes do W3C receberam o Prêmio Emmy, dia 8 de janeiro, durante a Consumer Electronics Show (CES) in Las Vegas.
W3C é reconhecido pelo trabalho com o padrão Timed Text Markup Language.
O Consórcio World Wide Web Consortium (W3C), organização global que desenvolve as tecnologias bases da Web, recebeu o Prêmio Emmy de Tecnologia e Engenharia, dia 8 de janeiro, da Academia Nacional de Televisão e Ciência (NATS) pelo trabalho desenvolvido com a definição de padrões para transcrições e legendas, afim de tornar conteúdos de vídeos mais acessíveis às pessoas com deficiência.
Para a categoria “Padronização e Pioneirismo em Transcrições de Eventos Gravados”, o Prêmio Emmy reconhece que o trabalho do W3C em desenvolver o padrão Timed Text Markup Language (TTML) assegura que as necessidades das pessoas com deficiência são atendidas, especialmente as pessoas surdas ou com dificuldades severas de audição. A entrega do Prêmio pela Academia foi realizada no Hotel Bellagio, em Las Vegas, EUA. Representantes do W3C, incluindo os membros do Grupo de Trabalho TTML, receberam a estátua do Prêmio Emmy. Além do W3C, outros homenageados nessa categoria foram HBO, Netflix, Telestream e a Sociedade de Engenheiros de Filmes e Televisão que utilizam o padrão TTML.
“O W3C vibra por receber um Prêmio Emmy ® Award em reconhecimento às tecnologias que suportam uma parte importante da nossa missão de trazer para todos o melhor que a Web pode oferecer, independentemente da infraestrutura, deficiência, cultura, língua, dispositivo ou rede existentes” disse o CEO do W3C, Dr. Jeff Jaffe. “Eu gostaria de agradecer à Academia Nacional de Artes e Ciências por reconhecer o trabalho do W3C e felicito os membros do nosso Grupo de Trabalho TTML por esta conquista notável.”
Desde a sua fundação em 1994 pelo inventor da Web, Sir Tim Berners-Lee, o W3C tem se comprometido com os princípios de uma Web aberta, interoperável e acessível para todos em qualquer dispositivo. Os produtores de conteúdo de vídeo para a Web em todo o mundo usam o padrão TTML do W3C para gerar transcrições e legendas que tornam vídeos on-line acessíveis a milhões de pessoas. Para as pessoas surdas ou com deficiência auditiva severa, a transcrição permite compreender a parte de áudio de conteúdo de vídeo. As legendas fornecem as traduções de idiomas para audiências internacionais do áudio existente no conteúdo de vídeo.
“Garantir que todos os aspectos da Web são acessíveis a pessoas com deficiência tem sido um foco prioritário do W3C por quase 20 anos”, disse Judy Brewer, diretora da Iniciativa de Acessibilidade na Web do W3C. “Estamos orgulhosos de ver o Prêmio Emmy reconhecer o padrão TTML por sua capacidade de trazer transcrições e legendas de conteúdo de vídeo para milhões de usuários da Web em todo o mundo.”
Sobre o padrão Timed Text Markup Language (TTML)
Nos últimos anos, com a convergência dos meios de comunicação tradicionais e a Web, cada vez mais conteúdo em vídeo da TV disponibilizados na Web, além do fato de que a Web agora também funciona em televisores. TTML faz a ponte entre esses dois mundos.
“Texto sincronizado” (timed-text) é a informação textual que pode ser usada diretamente como um formato de distribuição online de transcrição e legendas, e também como um formato de intercâmbio entre diferentes formatos de distribuição de conteúdo existentes. TTML é usado para fins de criação, transcodificação e troca de informações de texto sincronizados, e para a entrega de transcrições e legendas para a Web, ou, de forma mais ampla, para a Internet. Existe suporte para TTML por diversos fabricantes, incluindo navegadores web e ferramentas de criação de conteúdo.
“TTML é um grande conjunto que compreende os modelos anteriores de transcrição e legendagem. Ele suporta a semântica da maioria dos arquivos de closed caption, com a adição de metadados. É baseado em XML, uma tecnologia Web já bem conhecida”, explica Philippe Le Hégaret, Interaction Domain Leader, do W3C e contato do Grupo de Trabalho TTML .
A tecnologia TTML 1.0 tornou-se primeiro uma recomendação do W3C em novembro de 2010, após anos de trabalho colaborativo começado pela Iniciativa de Acessibilidade na Web do W3C, com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisa sobre Deficiência e Reabilitação, e com representantes da indústria da televisão. Os autores que contribuíram com a especificação TTML 1.0 incluem: Glenn Adams (então trabalhando para Samsung) agora com SkyNav?, Inc.; Mike Dolan, especialista convidado do SMPTE; Geoff Freed, WGBH National Center for Accessible Mídia; Sean Hayes, Microsoft; Erik Hodge (então trabalhando para RealNetworks?), atualmente com Asigno; David Kirby (falecido), anteriormente com a British Broadcasting Corporation (BBC); Thierry Michel, W3C; e David Singer, da Apple.
Novas Funcionalidades Avançadas do TTML
Desde a publicação do documento TTML 1.0, o Grupo de Trabalho TTML, atualmente liderados por Nigel Megitt (BBC) e David Singer (Apple), continuou a aprimorar as capacidades para criação e distribuição de legendagem de vídeo.
“Perfis TTML para legendas e transcrições em mídia de Internet” (IMSC1.0) é atualmente um documento candidato à Recomendação e destina-se a simplificar a implementação e a criação com TTML, reunindo perfis TTML populares em uso na indústria, incluindo EBU-TT-D. IMSC1.0 adiciona suporte para preenchimento de texto, legendas de imagem e legendas forçadas. Este último permite casos comuns de inclusão de transcrições para surdos e deficientes auditivos e legendas em um único documento, permitindo ao usuário escolher se deseja mostrar apenas as legendas, ou as transcrições e as legendas. Pierre-Anthony Lemieux (apoiado por MovieLabs?) é o editor de IMSC1.
TTML2 é a próxima versão do TTML, publicada como uma primeira versão pública preliminar em fevereiro de 2015. Além dos recursos introduzidos no IMSC1 e os refinamentos nas funcionalidades do TTML 1, ele adiciona suporte para idiomas do Sudeste Asiático, permite estereoscopia (legendas e imagens 3D), e detalha o mapeamento para HTML e CSS. Glenn Adams (Skynav) é o editor de TTML2.
Adoção Global do TTML
Cada vez mais, o TTML está sendo adotado internacionalmente. A União Europeia de Radiodifusão (EBU) usa EBU-TT com base em TTML, e no Japão, a Associação da Indústria e Negócios de Rádio (ARIB) usa ARIM-TTML. A Sociedade de Engenheiros de Filmes e Televisão usa TML como base para SMPTE-TT (ST-2052-1) e tem planos de usar IMSC1 para a sua Interoperable Master Format (ST 2067-2).
Após a promulgação da Lei Comunicações e Acessibilidade do Século 21(CVAA) da FCC, em outubro de 2010, a FCC indicou o SMPTE-TT como “formato seguro para intercâmbio e serviço” de legendagem online. Representantes do W3C, Judy Brewer e Philippe Le Hégaret, contribuíram como nomeados para Comissão Consultiva de Acessibilidade em Programação de Vídeo (VPAAC) para conteúdos on-line e baseados na Web.
Representantes do W3C disponíveis para atender na CES
Técnicos do W3C e especialistas do setor estarão presentes na CES de 5 a 9 de janeiro na suíte # 310 do hotel Westgate e estartão disponíveis para reuniões para discutir o trabalho do W3C sobre TTML, bem como muitas outras atividades que o W3C está fazendo nas áreas Automotiva, Marketing Digital, Publicações Digitais, Entretenimento, Pagamentos Web, Segurança web e Web das Coisas. Para agendamento durante a CES, e-mail: team-contact@w3.org. Depois de 09 de janeiro, entre em contato com Alan J. Bird, W3C Líder Global de Desenvolvimento de Negócios em bird@w3.org.
Sobre o W3C – World Wide Web Consortium
O Consórcio World Wide Web (W3C) é um consórcio internacional no qual as organizações associadas, profissionais e especialistas afins trabalham juntos para desenvolver padrões Web. W3C realiza a sua missão através da criação de padrões e diretrizes para a Web que garantam o seu crescimento de longo prazo e governança para a Web. Mais de 400 organizações são Membros do Consórcio.
O W3C é dirigido conjuntamente pelo MIT, no Laboratório de Computação e de Inteligência Artificial (MIT CSAIL), nos Estados Unidos, o Consórcio Europeu para a Pesquisa, Informática e Matemática (ERCIM), na França, Universidade de Keio no Japão e Universidade Beihang na China. W3C tem escritórios na Austrália; nos países do Benelux; Brasil; Finlândia; França; Alemanha e Áustria; Grécia; Hungria; Índia; Itália; Coréia; Marrocos; Rússia; Sul da África; Espanha; Suécia; e no Reino Unido e na Irlanda. Para mais informações consulte http://www.w3.org/
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